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Mostrando postagens de julho, 2010

LAMA NEGRA

Lama Negra Teu olhar é como taça transbordante de cizânia Me dispara setas de veneno, flamejantes, rubras de dor Insensato coração é pois com esse falso amor que tu barganhas? Não me ferem todavia, já cri em teu falso amor: folha seca Não há orvalho que inunde a terra que o possa despertar Pisaste o mesmo caminho no qual plantei sementes Amargura, amargura, versos são notas tristes Embelezam mas não trazem nenhum balsamo enfim... Onde parece jardim florido é nada senão canyon desértico De unhas sujas, não poderias mesmo falar em limpidez Todavia tu te revestes d'um manto de pureza e sonhas... Ávida tua boca deseja o que teu olhar de brilho fugaz, perdeu Da amargura que tomou teus dias foge, porém com pouca pressa E de novo te fazes refém da solidão que gruda em ti como fuligem E tinge tua alma de negro furor e sucumbes virada em estatua de sal J. Sollo