Sem nada que me tire da escuridão, observo impotente: Imersos em nossos medos vagamos perdidos Somos ilhas que de fato naufragam nos mares Tão azuis... perecemos isolados, sem um protesto sequer Mentes em que a tortura louca das horas, penetra o venenoso ócio E de todos, pó e ruína seremos, pedaços de sonhos dispersos. Nas asas de um anjo sem mácula, eu desejara descansar e nascer puro Como a flor do lótus, que não se mancha no lodo, seu brilho de brancura ímpar Doces plumas, do sonho em tuas asas que soltavam pó dourado Seres imperfeitos somos, mas é nosso o sangue que pulsa a verve, e flui e sai. As farpas do caminho, sangram meus pés e mãos, lacerados de espinhos, A dor que ainda trago das cicatrizes, que mesmo após a dor, fervem em Suas marcas de palavras florescidas e esquecidas, há somente o eco do que vieram dizer Como aço que nos atravessa, dilacerando tudo, (em ferida que não cicatriza jamais) Mas não há distância que venç...
AQUI TEM PALAVRAS E SENTIMENTOS, GUARDADOS E COMPARTILHADOS...