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Mostrando postagens de julho, 2014

VAZIO

Sem nada que me tire da escuridão, observo impotente: Imersos em nossos medos vagamos perdidos Somos ilhas que de fato naufragam nos mares Tão azuis... perecemos isolados, sem um protesto sequer Mentes em que  a tortura louca das horas, penetra o venenoso ócio E  de todos, pó e ruína seremos, pedaços de sonhos dispersos. Nas asas de um anjo sem mácula, eu desejara descansar e nascer puro Como a flor do lótus, que não se mancha no lodo, seu brilho de brancura ímpar  Doces plumas, do sonho em tuas asas que soltavam pó dourado Seres imperfeitos somos, mas é nosso o sangue que pulsa a verve, e flui e sai. As farpas do caminho, sangram meus pés e mãos, lacerados de espinhos,  A  dor que ainda trago das cicatrizes, que mesmo após a dor, fervem em Suas marcas de palavras florescidas e esquecidas, há somente o eco do que vieram dizer Como aço que nos atravessa, dilacerando tudo, (em ferida que não cicatriza jamais) Mas não há distância que venç...

RENUNCIAS

É meu o dom da palavra insana, o que eu canto só em mim sangra, ela nasce do vento e chega e me escraviza com seu canto maldito e a desejo mesmo assim Verso bandido, que pulsa e germina e nasce de dentro e é todo rima que me rouba as madrugadas, onde as mentes inertes descansam e morrem sem mentir, sem sentir Sou poeta, está em mim viver arrebatado, que não te cause espanto minha trova, nem te doa a ferida aberta pela palavra ferina a cortar como frio aço do punhal. De fato o bardo tem que dizer o que lhe contam as estrelas Se não cantasse o que sinto, uma rocha qualquer me amaldiçoaria. Sereno e maldito é para mim teu amor Que te chegou nos tenros anos, mas te esqueceu na solidão da torre mais alta e amar-te  mesmo assim te condenaria a ser estátua de sal Estranha loucura é o desconexo das palavras, Escrever até sangrar as mãos, que melhor sina que manchar meu papel em gritos roucos de um sentimento que explode até enlouquecer? Mesmo que o futuro do amor seja acab...