DIVAGAÇÕES
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Meu céu é limpido, só que às vezes ele se turva
E quanto mais sangro em minhas mãos calejadas de versos
Sempre percebo sorrindo que nem tudo condiz
Espero que inventem a palavra que me traduza
Sou poeta, então sou antítese...
Sou como todos, eu sou ele e também
A mim me ofusco nesse revelar
Amo mais que todos, mas sem assombro
Vejo qualquer canto mais belo que o meu
E viajo, na docidão de teu ser
Pois tú és meu verso, és viajante e vagabundo
O mundo revelas a teu bel-prazer
No meu regaço descansas, és forte e de beleza tanta!
e sabes tudo de mim
Nem tesouros, nem ouro desejo
Só teu segredo confesso, a calar minha alma voraz
Sou como todo poeta, pois que cante com boca serena!
Não temo procelas, torrentes enfim
Tudo trago gravado na linha da mão
E o tempo sorri zombeteiro, porque é eterno
Só quer o tempo que tem
Eu como sou breve, contudo, traduzo em canção
Derramo em beleza, são gotas de chuva
Que jorram do fundo de meu coração
Acima das nuvens por entre as estrelas
Eu vou divagando, pois etéreo é o meu ser
Do alto vejo a Terra que acende
Em gotas brilhantes, tal grande clarão
Talvez nosso verso não seja mais triste
Pois se ele reflete no brilho que tens!
Dropando meu sonho eu vou divagando
Acordo sorrindo, o dia nasceu...
É obra de um anjo, e traz novo encanto
De tão radiante, acende o amanhã.
J. Sollo
Comentários
Lendo divagações, não há como não divagar nas maravilhas que o poeta emocionado divaga.
Parabéns e Felicidades!
Bjookaaa!