METÁFORAS II

Foto de Engin Akyurt 



METÁFORAS II

Ai que coisa louca!

Uma ariranha mordeu

a minha boca.


Soou um tiro de fuzil

(foi tal debandar de asas a bater)

Lívido o último deles fugiu

Não pude sorrir, meus lábios

'inda sangravam


Pobre de quem define o infinito.

Os loucos vão a Marte

Porém não atinam ao que

eu digo


eu tenho mil questões,

mil tratados a desvendar

Eles dizem saber tudo

Eu comigo sigo mudo

Só contemplo a escuridão


Se eu for asa um dia vou lá em cima

Pode ser de qualquer pássaro

Pode mesmo de avião

E do alto verei o mundo

Sem véus por sobre o escudo

Então vou saber me ver


Mas, enquanto sou da terra

Fujamos pois, a louca ariranha

voltou com mais três

Depois da boca quer também

Minha razão.


J. Sollo

Comentários

Anônimo disse…
Seu jorgeee!
nao sabia que era poeta!
parabens pelo blog!

Isaac
Alma Exprimida disse…
metáforas...nem todas consigo compreender.eu tenho mil questões,...
Bem hiperbole.

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