METÁFORAS II
METÁFORAS II
Ai que coisa louca!
Uma ariranha mordeu
a minha boca.
Soou um tiro de fuzil
(foi tal debandar de asas a bater)
Lívido o último deles fugiu
Não pude sorrir, meus lábios
'inda sangravam
Pobre de quem define o infinito.
Os loucos vão a Marte
Porém não atinam ao que
eu digo
eu tenho mil questões,
mil tratados a desvendar
Eles dizem saber tudo
Eu comigo sigo mudo
Só contemplo a escuridão
Se eu for asa um dia vou lá em cima
Pode ser de qualquer pássaro
Pode mesmo de avião
E do alto verei o mundo
Sem véus por sobre o escudo
Então vou saber me ver
Mas, enquanto sou da terra
Fujamos pois, a louca ariranha
voltou com mais três
Depois da boca quer também
Minha razão.
J. Sollo
Comentários
nao sabia que era poeta!
parabens pelo blog!
Isaac
Bem hiperbole.