Descarrêgo

Se caio sem rumo na vida
Sereno vou levando
Sou valente, sou guerreiro, brigador
Ninguém me diz o que é certo
Sou rompido em desatinos
Meu verso é sem nexo, sem razão
Sei que “boi de piranha” não sou
O que não derrubo no braço
Apelo pra maldição
Sai “cruz-credo, pé de pato, mangalô

Sou mesmo um desvairado
Sou vento de bom augúrio
Talhado a fogo e facão

Guerreiro de mil batalhas vencedor
Eu dou rasteira na sorte
Eu dou bandeira pro cão!
Não tenho medo do escuro
Se for desse mundo eu conjuro
Se for de outro aí não!
Sou poeta visionário
Na chibata trago meu nome gravado
Vivo e morro nas sendas d’um cantador.
J. Sollo
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Comentários
Sou sua amante desde que li seu poema "Enigma"...