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Descarrêgo

Se caio sem rumo na vida
Sereno vou levando
Sou valente, sou guerreiro, brigador


Ninguém me diz o que é certo
Sou rompido em desatinos
Meu verso é sem nexo, sem razão


Sei que “boi de piranha” não sou
O que não derrubo no braço
Apelo pra maldição
Sai “cruz-credo, pé de pato, mangalô


Sou mesmo um desvairado

Sou vento de bom augúrio
Talhado a fogo e facão


 Guerreiro de mil batalhas vencedor
 Eu dou rasteira na sorte  
 Eu dou bandeira pro cão!


Não tenho medo do escuro
Se for desse mundo eu conjuro
Se for de outro aí não!


Sou poeta visionário

Na chibata trago meu nome gravado

Vivo e morro nas sendas d’um cantador.


J. Sollo


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Comentários

Úrsula Avner disse…
Olá meu caro autor, poesia bem versejada numa melodia lírica envolvente. Um abraço.
Gheysa Moura disse…
J...
Sou sua amante desde que li seu poema "Enigma"...

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Um poema que fala de solidão e da fragilidade da vida

UM POEMA ME ESCORRE ENTRE OS DEDOS Um poema me escorre entre os dedos Sai do meu coração gélido de medo A frase renitente sempre me vem Por entre os sulcos de minha cansada face E a magreza de meu frágil corpo Vejo os nós do tempo indeléveis sobre mim Como chicotadas crúeis a cortar-me a carne Se esvai novamente meu dúbio sentimento Derramado entre vagas e imprecisas linhas Dentre todas a mais sórdida é a solidão Falo daquel a que mesmo e ntre mil me persegue           Sigo cantando e a palavra que ainda não conheço cisma em me assombrar É o verso nascituro, que contudo não rebenta de uma vez Serão poemas a me escorrer entre os dedos. J. Sollo leia também  AMOR ADOLESCENTE        

TRÊS

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