QUANDO DOBRAM OS SINOS
Já me bastam teus ais
Pois o eco é uma canção distante
Que clama através da boca que fenece
Já não os posso suportar
Leva um pedaço de minha vida
É o que te dou como herança
E conta um dia entre teus cabelos brancos
Todas as carícias e perfumes
que não me pudeste dar
Vagarei como uma sombra na luz furtiva
Mas não renegarei o último punhal
E ao cravá-lo em quem te venera tu feres
Mas se assim é teu prazer...
Morrerei sem que me vejas da face a lividez
Entre as plumas repousarei; entre os anjos
que certamente me farão canções
E ao dobrar os sinos em triste arrastar
Seus hinos serão como loas a nuestro amor.
J. Sollo
Comentários
Pode ouvir?
É a harmonia da música dos anjos
Que no alto da catedral os sinos
Estão a badalar.