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Mostrando postagens de março, 2010

SEGREDO

SEGREDO Teu sorriso matiza minha poesia Tuas lágrimas inspiram em mim versos E não saberia dizer mais nada Se não fosse esse observar ainda                                             [que distante Conto as estrelas todas as noites É que elas desenham teu rosto no céu Não quero que falte alguma... Que cintilem sempre assim e me iludam Que teu olhar de jaspe não vê a mais ninguém,                                                            ...

DÉJÀ VU

             Mais uma noite em que te espero contente Sei que amanhã essa dor vai doer outra vez inutilmente A vida, nossa vida é feita por um destino assim Eu desejaria mudar teu jeito de ser pra talvez te acorrentar Mas nessa batalha insana, sempre eu saio perdedor Te fazes santa em meu leito, onde te quero a devassa. Não te quero pura, gueixa, messalina o quer for para que eu sinta prazer. Prazer da tua companhia, fazer amor contigo todo dia No entanto acordar e não te ter é como a primeira vez Pois quando adormeço, velas por meu sono, Mas nunca me dás o deleite do teu amanhecer Esse sentimento louco por ti me aprisiona em sua tirania Eu desejo preciso desse sofrer se posso chamar assim Perdido na fronteira do real ou da alucinação Perfumo meu canto pra te esperar outra noite Vivendo das migalhas do teu bel-prazer Sei que amanhã não deveria repetir esse mesmo querer Mas minh...

Silenciar o grito e mesmo assim fazê-lo ecoar. Nos fazer sentir uma dor que talvez nunca tivéssemos provado dela antes.

                                  DOIS JANEIROS Foi a última vez que te vi Naquela tarde fria, também teu frio adeus Caixas amontoadas num canto a esperar Não me atrevia a abri-las, temia por mim Pareciam punhais afiados, preferi                               [não cravá-los desta vez Muito tempo passou depois daquele dia Muito cimento sepultando sonhos desfeitos Cruzes a me lembrar tudo o que perdi São dois anos que inutilmente tentei me juntar Tentei recomeçar com o que restou de mim Na escuridão dos meus dias temo a luz Esqueço-me as vezes que eclipses são naturais Mas sempre passam, não resistem ao poder da luz E a centena de passos de mim mesmo Me resta trilhar o  caminho da volta ...