Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2010

PICADEIRO

                             PICADEIRO Vai o triste palhaço fazer sorrir em seu último show Não demonstra a lágrima furtiva que insiste em rolar Sua dor não é menor do que os sorrisos que arranca Mas quem é ele? Só o infeliz menestrel da melodia rouca Ele percebe o triste debater de almas que disfarçam a dor E procuram o engano e tentam disfarçar o estigma da solidão e dizem mil palavras, mas são frases a se juntar sem sentido Pois não vêem as tormentas que despertam nos insensatos corações Todos carregam a dor de tal sufocante amor Da paixão oculta que quer receber sem dar São como vidro partido que reflete loucamente Transpassam de loucura d'alma sedenta que não se farta O escrúpulo que norteia suas vidas é falso, pois não se mostram E o triste palhaço em seu mágico olhar sente o fétido de suas vida...

ALUCINAÇÃO

Não sei se é o frio que me invade.... E dói na alma congelando-me a razão Mas desse mirante deserto não arredo São dias e noites perscrutando o horizonte Meus olhos vão cansados, cessou-me a coragem Partiu meu alento e mais que eu clamasse Não ouviu nem sua própria  razão Seus lábios diziam "vou-me agora" Mas seu olhar moribundo queria ficar Saiba que te trago em meu sonhar Sonhos polutos, sem mea-culpa por te desejar Mas desse templo frio onde nada é real Meu cabelo em desalinho, diz que não sei mais de mim Será que após essas tardes modorrentas Nas quais mal sentia meu sangue a pulsar nas veias E meu olhar injetado, vidrado mirando somente o nada Saciar-me-ei das migalhas desse teu amor cão? E lanço-me  fora desse cemitério que me mantinha Encontro forças pra romper meus grilhões, sempre fui assim Não lamento o tempo perdido em que te acalentei a volta Tirada a borra a macular o sentido, que busco com d...