PAUSAS
Nao somente de sons vive a canção, porém o contraste do silencio torna bela toda melodia
E somente quando calo posso te ouvir, a fluidez das palavras me vem e... nada digo ainda
Momentos quentes, horas doces, é preciso silencio para lembrar, e novamente vejo teu folego, teu ritmo... se é a musica o que nos embala, que a balada não seja breve.
Vem que te dou a sonata que do meu peito aflora, em profusão de sustenidos ou bemóis.
E no final a "coda triunfal" que retorna ao nosso tema. E vem ela outra vez: a pausa serena onde a melodia dos nossos corpos ainda soa e afinal finda.
Igual como na poesia, as reticências são as pausas e embelezar teu soneto de amor.
Da mão suave que acaricia e deveras sabe cantar, e e embevecido pela nudez de teus versos, pois sei o que dizes, sabes que posso te tocar, através do teu sentido te amar.
E nesse torpor musical musical, soa sobre teu ventre úmido a última nota de prazer, teimando em escorrer por teu umbigo, tal gota a perder-se por teus mistérios.
Em arrebatados "allegros", em cativantes "adágios" que essa música seja perene a nos embalar, doce melodia que entre sussurros te planto na alma, tema e harmonia que soarão pra sempre em nós.
J. Sollo
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Abração do Pedra
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