PAUSAS

Nao somente de sons vive a canção, porém o contraste do silencio torna bela toda melodia
E somente quando calo posso te ouvir, a fluidez das palavras me vem e... nada digo ainda

Momentos quentes, horas doces, é preciso silencio para lembrar, e novamente vejo teu folego, teu ritmo... se é a musica o que nos embala, que a balada não seja breve.

Vem que te dou a sonata que do meu peito aflora, em profusão de sustenidos ou bemóis. 
E no final a "coda triunfal" que retorna ao nosso tema. E vem ela outra vez: a pausa serena onde a melodia dos nossos corpos ainda soa e afinal finda.
Igual como na poesia, as reticências são as pausas e embelezar teu soneto de amor.

Da mão suave que acaricia e deveras sabe cantar, e e embevecido pela nudez de teus versos, pois sei o que dizes, sabes que posso te tocar, através do teu sentido te amar.

E nesse torpor musical musical, soa sobre teu ventre úmido a última nota de prazer, teimando em escorrer por teu umbigo, tal gota a perder-se por teus mistérios.

Em arrebatados "allegros", em cativantes "adágios" que essa música seja perene a nos embalar, doce melodia que entre sussurros te planto na alma, tema e harmonia que soarão pra sempre em nós. 

J. Sollo


   

 

Comentários

Isso suscita uma reflexão...

Abração do Pedra

www.pedradosertao.blogspot.com
J. Sollo disse…
Com certeza "Pedra", valeu pela visita. Queria te convidar pra dar uma olhada nesse outro blog, dá uma lida nesse conto poderia me dar sua opinião.
http://jorgeluis30.wordpress.com

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