BREVE
Há tantas no universo, todas que brilham até fenecer.
Das galáxias longínquas parece vir meu tormento
O encanto das estrelas deixo para os que podem voar
Não a mim que tenho algemas nas mãos.
Tudo passa e se esvai, eu contudo perco os anos a seguir estrelas, Desejo as que não posso ter sob meus olhos, sua luz me ofusca e só.
A poeira que desprendem à noite e seu rastro fugaz
Enlouquecem minha razão e não partem as correntes, não tocam
a ávida tez, pois são estrelas existem para brilhar.
Eu as seguiria se pudesse levitar se ao menos meu
sonhar fosse leve e meus braços livres ao seu encontro voaria, inebriado fartar-me-ia
desse abraço e transpassaria todas as galáxias, desdenharia de toda
insana convenção.
Contudo tua voz, teus passos, teus braços, a esperança que nunca se torna real, a cada dia novamente se esvai entre os dedos e ardem sob meus olhos...
São como estrelas, não as posso alcançar...
São como estrelas, não as posso alcançar...
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