SERES

 

Foto de cottonbro no Pexels



Pessoas que jurei amar, no entanto, se foram de mim…  

Outras tantas jazem no cerne do que sou e nunca as conheci.


Formo a antítese do ser que sonha ser supremo e, no entanto ainda não rebentou.


Sou palavras desencanadas, como folhas que vagam ao vento. 

Às vezes fertilizam a terra onde brotará alguma semente.

Outras hão de se perder entre pedras banhadas do calor causticante, que incinera toda poesia do viver.

 

Estamos todos ligados, há um pulso supremo que poe a todos no mesmo ritmo.  

Nossa verve, nossos sonhos aos quais pedimos respostas

E bem sei, vivo num mundo que não me vê não me sente o cheiro, não faz caso de mim.


Invisível… mente que floresce e perfuma almas insensíveis;                               

Julgam conhecer-me sem considerar a sabedoria implícita nas sentenças nas quais me revelo.


Meu grito é contra a solidão, que vem como pluma e fere e aprisiona como mil grilhões 

Tudo quer ser, em tudo há o âmago dessa palavra, etéreo ou material tudo é corrida, tudo mera ilusão.


Desvirginar todas as páginas que ainda não foram escritas
Atingir tudo que signifique conhecimento, devassar, romper renascer até alcançar as alturas 

E possa enfim compreender minha alma imortal.


J. Sollo

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