DIVAGAÇÕES Meu céu é limpido, só que às vezes ele se turva E quanto mais sangro em minhas mãos calejadas de versos Sempre percebo sorrindo que nem tudo condiz Espero que inventem a palavra que me traduza Sou poeta, então sou antítese... Sou como todos, eu sou ele e também A mim me ofusco nesse revelar Amo mais que todos, mas sem assombro Vejo qualquer canto mais belo que o meu E viajo, na docidão de teu ser Pois tú és meu verso, és viajante e vagabundo O mundo revelas a teu bel-prazer No meu regaço descansas, és forte e de beleza tanta! e sabes tudo de mim Nem tesouros, nem ouro desejo Só teu segredo confesso, a calar minha alma voraz Sou como todo poeta, pois que cante com boca serena! Não temo procelas, torrentes enfim Tudo trago gravado na linha da mão E o tempo sorri zombeteiro, porque é eterno Só quer o tempo que tem Eu como sou breve...
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