O NASCER DA POESIA

O NASCER DA POESIA
Como em dores de parto terríveis
Cruel, tu rasgas meu ventre
És ansioso, és urgente
queres nascer...
Em outras tantas tu vens como brisa
Eu sinto teu sopro, de leve, em carícias.
Tu vens radiante, te gero luzidio
Como o amanhecer...
Tú és sempre belo em teu falar
Não tens compromisso senão com a razão
Tú dizes verdades, tu lanças enigmas
Pois és discrição...
Quando te penso perdido
Árido dentro de mim, sem pulsar
De novo tu nasces, pois és verso triste
e jorras na pena d'um velho poeta
Renasces em forma de canção.
J. Sollo
Comentários
Grato,
Luiz Domingos de Luna