CONTRADIÇÕES Saturo tons de ocre por tudo Se não tivesse voz eu era mudo bem sei Mas que me vale tanta eloquência Meus sonhos, minha boca esse riso tudo é descompasso Tudo é falência bem se vê Arrasto correntes em prantos esse ranger de dentes essa calma Duvido que eles existam! Pois nem o mármore é tão frio assim Duvido até de mim mesmo Pois como se fora acalanto Eu lembro teu riso e esse pranto é tudo que há pra mim Saber confuso que nada traz de real Não há razão: é só o que penso Sou crime e confusão e vazio... Como não seria se sou tão humano? Possuo a dor de mil almas, encravadas dentro de mim São tão persistentes, não há quem as possa libertar Por isso falam em meu ser todo tempo As vezes soa palavra alguma, só um lamento Como um lobo ferido clamando por sua solidão Criatura da noite, passo dias do mundo sumido Eu vago perdido até me enco...
AQUI TEM PALAVRAS E SENTIMENTOS, GUARDADOS E COMPARTILHADOS...