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FORO INTIMO

             FORO ÍNTIMO

Mil tique taques ressoam dentro de mim
E vão marcando meu descompasso
Meus desejos confusos, da solidão que leva tudo
Que desfaz dessa entrega, torna tudo utópico esperar

Que te importam minhas dores recentes
De onde tiro forças para carregar o madeiro
Todos os segredos que contigo dividi
Foram folhas secas de árvore morta
Sem chance de verdejar, não há seiva que a anime

Em meus olhos secos ainda reluz brilho tênue
Mas a ti não confessarei meus anseios
Se trata de mim, não mancharei tuas vestes alvas

Se porventura eu chorar algum dia
Que seja a esperança que me faça
Que torne a alegria que eu sentia
Que seja de amor daqueles que
florescem todo dia

E em teu remorso relembrarás o ócio
Que foi tua vida ao me deixares assim...

J. Sollo

Comentários

Unknown disse…
Não deixe o ser mais complexo da criação universal em sofrimento - A Mulher - Leia em 2012 o livro Esposas espirituais na biblioteca do Google ? mas eu tenho pressa então leio textos dos capitulos o poder das tigresihas, a mulher que nunca se rende, o homem que pensa como mulher, a dor do conflito Onde? Digite Esposas espirituais Luiz Domingos de Luna e boa leitura

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Um poema que fala de solidão e da fragilidade da vida

UM POEMA ME ESCORRE ENTRE OS DEDOS Um poema me escorre entre os dedos Sai do meu coração gélido de medo A frase renitente sempre me vem Por entre os sulcos de minha cansada face E a magreza de meu frágil corpo Vejo os nós do tempo indeléveis sobre mim Como chicotadas crúeis a cortar-me a carne Se esvai novamente meu dúbio sentimento Derramado entre vagas e imprecisas linhas Dentre todas a mais sórdida é a solidão Falo daquel a que mesmo e ntre mil me persegue           Sigo cantando e a palavra que ainda não conheço cisma em me assombrar É o verso nascituro, que contudo não rebenta de uma vez Serão poemas a me escorrer entre os dedos. J. Sollo leia também  AMOR ADOLESCENTE        

TRÊS

Foto de  Ksenia Chernaya  no  Pexels   Recordo aquelas velhas tardes de nós o nde cada um esquecia dos afazeres e divagávamos nos versos comuns, e  havia muito de nós em nossa pena. Tardes langorosas quando não podíamos nos "ver" foram felizes nossos dias, assim apenas no simples imaginar. Via teu rosto, podia sentir teu coração, o doce ou  o amargor do teu sorriso, há saudade daquele simples sonhar. Lembro você sobre o banquinho: fazendo poses, lembro sim! A navalha não cortara tua carne, era alegre o teu rimar. Nos conhecemos e chamamos de amor o vislumbre de esperança em saber que alguém poderia decifrar nosso coração. Através desses olhos desenhamos a poesia e o que nascia dessas mentes se juntava e se tornava rio e unidos a outros tantos desaguava nesse mar. Fomos tudo o que pudemos ser, nesse mundo quixotesco pensamos as vezes derramar amor. Nossa vida com a arte se confundia, havia sentido e ele vinha de nós. Compreendo que de nosso coração na...

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