Pular para o conteúdo principal

VERSOS FRIOS

O que são poetas?
Poetas são visionários
Poetas são antenas para o mundo 

Poetas são para raios de emoções
poetas sentem dores que não se traduzem
Onde se veem cruzes, poetas veem sonhos
Onde há sonhos, poetas veem cores

A cada dia refino a minha pena
pois já sei ouvir a voz do coração

Sou abjeto em teu mirar, mas eu não ligo não
Meu verso não cabe na métrica
mas há melodia em meu cantar

Não sigo palavras, não sei o que é certo
Em versos brancos construo a canção
Eu falo a mente, eu jogo o sentido
que fala direto ao teu coração

Sou caco de vidro, reflito e corto
eu mostro a verdade e posso ferir

Não sou desse tempo, eu vejo outro mundo
Segredos desvendo a quem sabe ouvir

Meu verso perdido, fenece em agonia
e jaz... sem fronteiras
Além da razão.

J. Sollo


Comentários

Anônimo disse…
Será poeta que sabes mesmo ouvir a voz do coração??
Unknown disse…
Oiii, Sollo! Belíssimo poema! Meus parabéns!!
Seus versos tem uma sensibilidade ímpar!!

Parabéns pelo blog!! Está lindíssimo!!

Muito obrigada pelo comentário em meu blog!! Eu ADOREI!! ^^

Adoraria que comentasse lá novamente! Postei uma crtítica/ dica de trilha sonora do filme "Sweeney Todd", do Depp!!

Conto com você!!

Mil beijos,
Mari.
Valentina Dark disse…
parabéns estou encantada com o teu blog! Ja estou a te seguir se puder da uma passadinha no meu para apreciar as singelas frases de Valentina Dark, seria muito interessante saber a opinião de alguém tão sensível como vc!
Bjoss....Valentina!
J. Sollo disse…
Valentina, obrigado pela visita, prometo que irei visitar-te com certeza, me aguarde.bjs

Postagens mais visitadas deste blog

Um poema que fala de solidão e da fragilidade da vida

UM POEMA ME ESCORRE ENTRE OS DEDOS Um poema me escorre entre os dedos Sai do meu coração gélido de medo A frase renitente sempre me vem Por entre os sulcos de minha cansada face E a magreza de meu frágil corpo Vejo os nós do tempo indeléveis sobre mim Como chicotadas crúeis a cortar-me a carne Se esvai novamente meu dúbio sentimento Derramado entre vagas e imprecisas linhas Dentre todas a mais sórdida é a solidão Falo daquel a que mesmo e ntre mil me persegue           Sigo cantando e a palavra que ainda não conheço cisma em me assombrar É o verso nascituro, que contudo não rebenta de uma vez Serão poemas a me escorrer entre os dedos. J. Sollo leia também  AMOR ADOLESCENTE        

TRÊS

Foto de  Ksenia Chernaya  no  Pexels   Recordo aquelas velhas tardes de nós o nde cada um esquecia dos afazeres e divagávamos nos versos comuns, e  havia muito de nós em nossa pena. Tardes langorosas quando não podíamos nos "ver" foram felizes nossos dias, assim apenas no simples imaginar. Via teu rosto, podia sentir teu coração, o doce ou  o amargor do teu sorriso, há saudade daquele simples sonhar. Lembro você sobre o banquinho: fazendo poses, lembro sim! A navalha não cortara tua carne, era alegre o teu rimar. Nos conhecemos e chamamos de amor o vislumbre de esperança em saber que alguém poderia decifrar nosso coração. Através desses olhos desenhamos a poesia e o que nascia dessas mentes se juntava e se tornava rio e unidos a outros tantos desaguava nesse mar. Fomos tudo o que pudemos ser, nesse mundo quixotesco pensamos as vezes derramar amor. Nossa vida com a arte se confundia, havia sentido e ele vinha de nós. Compreendo que de nosso coração na...

FILHO

  Poderá haver no mundo dor, tal essa de ver um filho morrer...   Alguém que nos braços seguraste quando criança, no balbucio dos primeiros "ais" e o sorriso gentil que era só a ti dedicado. Quando teus bracinhos estendeste, não era eu a te amparar, ou quando caístes não fui eu a te secar as lágrimas e no peito te consolar? Os velhos são a lembrança, carregamos como fardo o peso dos anos e lembranças de coisas que não vão voltar. Não ter perto teus olhos, tua amizade, teu sorriso, alguém que amei nos tenros anos, agora crescido não consigo reconhecer na distância. Surpresa maior na vida, dor tão atroz quanto a morte: é ver você nesse desengano e saber que em tua boca não mais há a palavra... Pai   J. Sollo