POEMA PARA O MUNDO

POEMA PARA O MUNDO

 

Oh mundo! O quanto sangras calado...                                                    

O quanto sofre em tuas flâmulas

De jovens sem rosto, meninos sem pátria

Suas mães já não lhes podem  secar o pranto

 

Teus rios agonizam, sua vida se finda

Sem o canto alegre de suas águas

O cheiro úmido de seu leito é fétido

Não correm felizes para o mar estão mortos

 

Teus pássaros não gorjeiam; emudeceram

O jaguar não mais solta seu grito feroz

Nossa mata é triste, é fumaça, é solidão 

 

E no mar onde nadarão as jubartes...

Golfinhos são iscas em redes mortais

Seu grito distante não merece resposta? 

Não sejamos o eco de um sistema a morrer

 

O ar, a terra, as águas tudo clama

Não obstante a pressa do homem em ferir

Seremos eu e você prisioneiros do caos? 

Nesse mundo que é Pátria sem cercas

 

Que sofre a dor de um incerto amanhã...

J. Sollo



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