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Alguem sonha com coisas que parecem impossiveis? Crie sua realidade

      ESBOÇOS

Quedo em meu leito e silencio
Reflito sobre o dia que passou
Sobre coisas que fiz
Verdades que não vomitei

Não mostro as garras do tigre
Vou vivendo esse esboço mal traçado
Que transborda da tinta da ilusão
E não traduz nem por um minuto
Minha ânsia de ser

Traços a lápis, fortes, marcados
Que revelam enigmas de mim
Metáforas da mais profunda maldição
Meu ego exposto em sinistros vitrais
 

Meu sono recheados de fantásticas visões
Tudo o que almejo, além do que posso tocar
E perscrutar esse universo chamado mente
Onde o esboço de mim mesmo se torna real.

J. Sollo

Leia também A ESTACAO

Comentários

Arnoldo Pimentel disse…
Poesia bela e de uma profundidade enorme.Parabéns meu irmão, é sempre bom visitar seu espaço.
Gheysa Moura disse…
QUADRO

Entre o azul e o preto
Minhas lágrimas desenharam
O esquecimento de um tempo
Que outrora minha mente iluminava.

Um egnima desenhado de vermelho
Trouxe um novo prazer de escrever
Um amante perfeito entre os versos
Imperfeitos do poeta.

No olhar do colecionador
A beleza das formas disonantes
Como a mais bela sinfonia
Que transmite o desejo latente.

O amor insano da distancia
Revelado no espírito da floresta
Que ao anoitecer meu corpo vem encontrar.

Na tela em branco o esboço
Do meu sentimento
Que um dia descobri ser real.

(Gheysa Moura)
jorge cezar disse…
"Meu sono recheados de fantásticas visões
Tudo o que almejo, além do que posso tocar
E perscrutar esse universo chamado mente
Onde o esboço de mim mesmo se torna real."
Adorei o poema!
Estou passando por este momento agora. Sempre que puder, virei visitá-lo...

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Um poema que fala de solidão e da fragilidade da vida

UM POEMA ME ESCORRE ENTRE OS DEDOS Um poema me escorre entre os dedos Sai do meu coração gélido de medo A frase renitente sempre me vem Por entre os sulcos de minha cansada face E a magreza de meu frágil corpo Vejo os nós do tempo indeléveis sobre mim Como chicotadas crúeis a cortar-me a carne Se esvai novamente meu dúbio sentimento Derramado entre vagas e imprecisas linhas Dentre todas a mais sórdida é a solidão Falo daquel a que mesmo e ntre mil me persegue           Sigo cantando e a palavra que ainda não conheço cisma em me assombrar É o verso nascituro, que contudo não rebenta de uma vez Serão poemas a me escorrer entre os dedos. J. Sollo leia também  AMOR ADOLESCENTE        

TRÊS

Foto de  Ksenia Chernaya  no  Pexels   Recordo aquelas velhas tardes de nós o nde cada um esquecia dos afazeres e divagávamos nos versos comuns, e  havia muito de nós em nossa pena. Tardes langorosas quando não podíamos nos "ver" foram felizes nossos dias, assim apenas no simples imaginar. Via teu rosto, podia sentir teu coração, o doce ou  o amargor do teu sorriso, há saudade daquele simples sonhar. Lembro você sobre o banquinho: fazendo poses, lembro sim! A navalha não cortara tua carne, era alegre o teu rimar. Nos conhecemos e chamamos de amor o vislumbre de esperança em saber que alguém poderia decifrar nosso coração. Através desses olhos desenhamos a poesia e o que nascia dessas mentes se juntava e se tornava rio e unidos a outros tantos desaguava nesse mar. Fomos tudo o que pudemos ser, nesse mundo quixotesco pensamos as vezes derramar amor. Nossa vida com a arte se confundia, havia sentido e ele vinha de nós. Compreendo que de nosso coração na...

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