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Quanto do que vemos realmente enxergamos, é possivel abrir os olhos e ver de verdade

      


Zebra tu és semelhante a este muar
Tem na pele pedaços de preto e branco
Com um disfarças teu riso de pétalas
Com o outro revela a alma triste em prantos
 
E ruminas mil vinganças, mil descaminhos
é onde perdes tua própria razão
Ao protestares te juntas a outras zebrinhas
e assim contentes lá se vão.
 
A sorte é que, à maneira desses bichos,
Tu escapas da sina de teus primos de voz
Esses burricos coitados que  tão humildes
Vivem a trabalhar no labor do sol a sol
 
Todavia te sentes livre? Que tola...
Não enxergas nesse mundo a real prisão
Nem se pusesse antolhos serias tão cega
Não nos crê tangidos por tão cruel mão
 
E como gado rumo ao sacrifício, conformados
Iludidos na "zebrice" que nos é peculiar
Na qual desprezamos o correto e o que pensa
Empacados a mesmice de tão errôneo julgar
 
J.Sollo

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Comentários

Conceicao disse…
p/ mim,Jorge, és uma pessoa inspirada, iluminada. E, os iluminados , querido, veêm o q/ muita gente não encherga mesmo q/ esteja a apenas um palmo do próprio nariz! Que pena! Mas, a vida é mesmo assim, não é mesmo? Então continue e, quem sabe assim, um dia alguém se toca p/ as aÇões q/ de alguma forma prejudica o outro, 1 x q/ o mundo é da coletividade. PARABÉNS!
Jal - poetisa_Conta Gotas disse…
E é nessa Zebrice que vivem os tolos, empinando busto, sequer entendem a sua própria burrice… Parabéns pela poesia… inteligentíssima, como sempre, pena que homenageados não compreendem, rsrsrsrs!!!
O mundo pelo visto anda cheio dessa Zebrice, onde ruminam vinganças ,destroem ,constroem, reconstroem e pouco se importam com as consequencias, pois continuam presos ao mundo das Zebras.Amei a foto

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