ZEBRA
Zebra tu és semelhante a este muar
Tem na pele pedaços de preto e branco
Com um disfarças teu riso de pétalas
Com o outro revela a alma triste em prantos
E ruminas mil vinganças, mil descaminhos
é onde perdes tua própria razão
Ao protestares te juntas a outras zebrinhas
e assim contentes lá se vão.
A sorte é que, à maneira desses bichos,
Tu escapas da sina de teus primos de voz
Esses burricos coitados que tão humildes
Vivem a trabalhar no labor do sol a sol
Todavia te sentes livre? Que tola...
Não enxergas nesse mundo a real prisão
Nem se pusesse antolhos serias tão cega
Não nos crê tangidos por tão cruel mão
E como gado rumo ao sacrifício, conformados
Iludidos na "zebrice" que nos é peculiar
Na qual desprezamos o correto e o que pensa
Empacados a mesmice de tão errôneo julgar
J.Sollo
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