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Mostrando postagens de agosto, 2009

Há Saidas para o homem, para a humanidade?

MANISFESTO O mundo clama ferido de morte É a sorte do homem lançada ao acaso E corremos como cegos rumo a própria extinção Seremos nós crias do acaso? A ver nosso futuro que nada promete Onde mesmo se perdeu nossa razão Derradeiro suspiro de um tempo fugaz Seremos capatazes de um mundo que agoniza... É muita fumaça, muita matança Muito descaso e pouca razão. O que adiamos é o que nos condena Irmãos que explodem que sofrem na raça A carne exposta retratada na mídia O que julgam divino traz sua própria maldição. A natureza cansada deixa o ultimato Lançarmos de nós antolhos que nos cegam Somos parvos, não vemos que o mundo fenece Acordemos pra vida enquanto é possível viver. J.Sollo

ALMA EXPRIMIDA

Alma exprimida porque te calas? Se tua voz é doce embala meu sonho Será que te exprimes de fato ou reprimes teu ser Tuas notas são soluços, mas falam ao coração Alma, alma, gentil alma pura essência de luz Medito em tuas frases, elas me trazem consolo Eu as absorvo como se fosse o bálsamo Então minha tristeza sentida tu vens e dissipa São os lábios de minha criança a sorrir Que fala tão forte, fala de dor sem o sentir Não serás tu minha amada tão jovem? E divagas serena tecendo canções Tua mente conhece o presente e o futuro Mas o passado retratas com cantos de dor O que rasga teu ventre, será que tu sofres..? Pois que exploda em versos qual lindo botão. J. Sollo

Luz e sombra

Teus olhos velam por nosso amor Já nos meus brilha a chama do Último desejo Somos irmãos de sangue, somos incesto Que se revela mas não finda. O divino e o maldito, cumplicidade e perdição Amantes se desgastam e se completam No afagar-se e deixar-se do dia a dia E esse amor é como lâmina que Dilacera o peito e do meio da dor Jorra ainda último suspiro de amor Você é teoria e projeto, eu sou o minuto seguinte És o pé na vida que sustem minha cabeça Que mora nas estrelas Somos dois mundos distantes Que se completam e se desenham Sob o giz do artista Vida que não há em si mesma Pois sozinhos seremos somente Dois corações partidos Em nós se explica o desconexo da solidão Somos arroz e feijão no mesmo prato Luz e sombra que na mesma tela se completam.                      J. ...

Enigma

Serás tu meu amor? Se fores onde andarás... Incoerência; quanto versos loucos Nessa incongruência Amas o feio desprezas o belo Alguns chamam de turvo Mas é a tua visão! Parvos, tolos, loucos Todos andam, todos amam Alguns sua loucura Viagens à mente, profundo abismo Inesgotável fonte Decifra-me! Será que podes? Sussuro-te como brisa Quero que me ouças Desejo que me decifres Será que deves? Mil mistérios tenho a te revelar Sem palavras num simples tocar De leve em tuas mãos Tu foges sem ver que sou tão exposto Cativaste-me devias saber Me tem como prêmio, me leva contigo Pois quero entender Que estando a teu lado Onde as formas se encaixam Em simetria genial Yin, Yang contem o universo Na palma da mão Decifra-me! J. Sollo Leia também  MICRO ENSAIO SOBRE A AVAREZA

UM ABRAÇO SEM FINAL

Há esperanças dentro dos teus olhos Neles mergulho pra me encontrar Dentro de você me realizo homem Renascido sou menino, me aconchego Em teu sonhar Quanto eu busco compreender-te Mulher! É assim que te chamo Divina desde os pés, até teu altivo olhar E me fitas impassível Por teu regaço, pelo calor de teus braços Rompo oceanos pra te oferecer dádivas Todas as perolas que refletem a luz Revelam meu embaraço diante tal revelação Tua fé, teu amor são para mim É teu desejo que eu cresça, fique imenso Saiba descobrir teus mistérios Deseja mais que tudo fundir nossa existência Num fio de voz, num resto de gozo Teu rosto desfigurado de prazer Que transcende o físico e o eterno Unido a ti num abraço sem final.  J. Sollo                       Leia também  DIVAGAÇÕES

METÁFORAS II

Foto de  Engin Akyurt   METÁFORAS II Ai que coisa louca! Uma ariranha mordeu a minha boca. Soou um tiro de fuzil (foi tal debandar de asas a bater) Lívido o último deles fugiu Não pude sorrir, meus lábios 'inda sangravam Pobre de quem define o infinito. Os loucos vão a Marte Porém não atinam ao que eu digo eu tenho mil questões, mil tratados a desvendar Eles dizem saber tudo Eu comigo sigo mudo Só contemplo a escuridão Se eu for asa um dia vou lá em cima Pode ser de qualquer pássaro Pode mesmo de avião E do alto verei o mundo Sem véus por sobre o escudo Então vou saber me ver Mas, enquanto sou da terra Fujamos pois, a louca ariranha voltou com mais três Depois da boca quer também Minha razão. J. Sollo

ALINHAVANDO

Alinhavando Nesse mundo tudo corre: O ônibus corre fumegante: A mulher corre saltitante Mas, olha o sinal! Na roda viva girando, No giro te leva sempre E você?...Vai levando. Ciganos; humanos; fulanos... Cavalga o moço no vento Buscando a “menina dos olhos” O “pó de mico” do circo; As horas... O tempo... Eu hein! Por que essas malditas palavras Não vem logo ordenadas Na cabeça do artista? Kaiser; Rolex; Durex... No fio que a aranha tece Vai nele o equilibrista O “ jogo da velha” é contar Histórias dos seus enganos Quem canta sorrindo, contudo Espanta males que vem para o bem? Rimas; primas; suspiras... É gostoso poetizar a vida Tingir o cimento que é cinza e frio Eu escrevo um conto, eu conto o tempo Conto contigo sempre. J.Sollo