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Mostrando postagens de outubro, 2009

TEMPO DE GRAÇA

(gritemos  contra uma sociedade que apodrece a cada dia) Tempo de graças, bela filosofia A vida passa sem traição O mundo segue sem sentido Mas mesmo perdido digo: Não! Mendigos nas praças, meninos nas ruas Porque te incomoda, "não tá nem aí!" O que te parece? Não sabe dos outros Já desistiu... Aqueles que cuidam não vêem a verdade É o preço do sangue; derramam e não crêem Do pobre que sofre, não importa o destino Se perdeu... A força do crime; que fere, que mata No ouro vermelho de pouco valor Se compra a verdade tu mesmo não sabes Olhas sem ver... Eu sinto a cidade já sem alegria Fumaça nos olhos, não me deixa ver Seres tão humanos, sem rosto, sem alma Se morrem distante, culpo a "TV"... J. Sollo

QUANDO DOBRAM OS SINOS

Já me bastam teus ais Pois o eco é uma canção distante Que clama através da boca que fenece Já não os posso suportar Leva um pedaço de minha vida É o que te dou como herança E conta um dia entre teus cabelos brancos Todas as carícias e perfumes que não me pudeste dar Vagarei como uma sombra na luz furtiva Mas não renegarei o último punhal E ao cravá-lo em quem te venera tu feres Mas se assim é teu prazer... Morrerei sem que me vejas da face a lividez   Entre as plumas repousarei; entre os anjos que certamente me farão canções E ao dobrar os sinos em triste arrastar Seus hinos serão como loas a nuestro amor. J. Sollo

AS OUTRAS GOTAS DESSE MAR

Outrora sonhei ser uma gota Desse mar que ocupava a imensidão Vejo agora surpreso Meu coração também é imenso Maior mesmo que a razão Pois acolhe tantos sonhos Que antes dormiam aqui dentro Nossos olhos brilham como diamantes lapidados E refletem nossa voz, nosso cantar Cada poeta, cada encanto Que nascem do intimo E teimam em desabrochar E como adolescentes descobrimos A magia do amor e o cheiro de maresia Que em nós há de perdurar. J. Sollo

EXPLÍCITO

Escancaradamente declaro: sou teu! Explicitamente confesso te quero em mim Te devoro a cada sílaba, tua rima me contém Como tu podes pulsar no silêncio? Se ouço teu grito pelos ares No entanto preso o manténs Que amor louco esse de beijos roubados Amor vadio que deixa o corpo doente Que transpira em cada poro E derrama pelo olhar Sei que sou tua cria, pois nasci para ti Gêmeos siameses onde morte é a separação Nos completamos e somos sina Mas que conceito somos benção e maldição Em teus segredos pulso, te faço minha em meu leito Transbordo em teu corpo de amor Sou quente pulsante como escarlate E por minha razão te declaro: Explicitamente és a dona do meu coração! J. Sollo

SEM ADEUS

O que nossos olhos dizem é mais profundo e mais doce do que as palavras podem expressar Nosso olhar conhece o fundo de nossa alma através deles posso enxergar teu penar Mas são apenas sombras, não escurecerão O brilho do nosso sentimento Ah! que delícia foi amar-te, e embora não sintas Ainda estou aqui e não preciso, não desejo teu Adeus Esperarei ainda por um dia, um minuto, um relance Sentir o calor dos teus beijos, aconchego do teu abraço E nossos corpos suados a desfalecer nesse prazer Que sempre será nosso amor... J. Sollo

DISTANCIA

Faço amor contigo a luz da lua E o vento sopra em teus cabelos de ébano Teu cheiro me acende e te quero outra vez mais... Sempre me despedaço na hora do Adeus Quero mais que tudo te levar comigo E assim não viver de lembranças que tem gosto de fel Elas serão somente tuas minha doce amada Não cruzarei teus olhos outra vez, nosso caminhos São distantes, mas nos encontraremos pelas galáxias Olhe para o céu quando seu amor doer, procure-me na estrela que mais brilhar, eu estou nela e velarei teu sono, e aspirarei novamente teu perfume E perto ou longe sentirei teu desejo urgente de prazer Virei a cavalgar os ventos, e tudo porque é meu desejo Que vivas e sejas sempre feliz. J. Sollo

POEMA

Partem tristes os meus olhos Para longe tão distante dos teus No meu peito sufoco o amor  Que é tanto que nem se ouve O brado morno dos meus lábios  Que não consegui reter Assim fujo para bem longe Onde distante não possa haver Lembranças dos meus desencantos; Sem sombra de mim ou de você J. Sollo

SENTIMENTO

Minhas palavras ao acaso São meu grito de liberdade Minha única maneira de calar os sentimentos e desabafar o coração Que sofre, sofre como alguém que espera um amor que nunca chega e transborda desse sentimento Ao ponto de querer explodir como um vulcão Calado mas não extinto Que apenas vive através de "Gêiseres" melancólicos Geiseres de tinta a manchar meu papel E no qual eu calado grito com toda a força Explodo em silêncio tudo o que me sufoca a alma... J. Sollo

SERENA FLOR

Não dessas que exalam suave perfume E nos transportam como carruagens velozes Até os sonhos mais inimagináveis.                                                                     Não dessas que brilham de cores E parecem desfazer-se ao toque Simples de um amor, amor!... Não dessas que sobrevivem nos campos E não pedem nada, para viver e trazer alegria E riso aos namorados anônimos. Serena flor é você amor,  que livra da dor Pois sente na alma o que sinto Assim com teu sorriso, apagas e acalma os meus temores. Serena flor é você amor, que compreendes Meu olhar sem palavras, minha boca sem riso... E ainda ass...

PEGADAS NA AREIA

Pegadas na areia Pegadas de sonhos Pegadas que me contam tua direção Em minhas dunas te perdes na distância São minhas essas areias de sonhos Nas quais imprimes teu caminhar E de mãos dadas vamos juntos Nesse mar de areias brancas que é solidão E quando não te tenho mais em mim Caminharei sozinho, perdido, sem salvação   Trilharei por sobre teus passos Antes que o vento apague nossa última ilusão J. Sollo

O SONHO

Se foi como a brisa Que no silêncio da madrugada é o único som a indicar vida se foi como a fúria de uma tempestade Que depois acalma e não deixa nenhum vestígio Se foi como o sol Que em cada entardecer Precede a noite que a tudo envolve com seu suave manto Se foi como uma lágrima que ao escorrer dos meus olhos Traça o seu mágico contorno Em meu rosto, para se perder Na poeira de um caminho qualquer Se perdeu como você que foi meu sonho azul Do qual acordei sem querer Para o pesadelo real da vida... J. Sollo

A COSTUREIRA

O vento tange o pano A agulha tece o linho O vento toca o fio O tempo conta os anos O fio enrosca ao vento Dá trabalho, ai "suspiro"... Os anos vão ligeiro E o fio vai enroscando Da máquina o tempo desfaz Tesoura, pano, fita, cortina... E a costureira vai trabalhando. J. Sollo

SUAVE VENENO

Olhar sereno e profundo; se nele cresse... Brilhando qual tênue sombra graciosa Tal lua se mostra entre nuvens, formosa Bastaria que o menor de teus sonhos acendesse Suave veneno que mata o coração inocente Qual seta certeira de aljava suprida De tez serena; ilude confunde tão garrida Que entrega a alma e sorri contente Com lábios tremulos ousei chamar-te: querida! No entanto só com o frio do olhar me respondia Olhar que fere sem culpa; mata e deixa a vida Desse amor mórbido que me tomava sedento Vinha de alma traspassada, derradeiro gemido Condenada no inferno a viver esse tormento. J. Sollo

Instante de Amor: Poema sobre o Encontro que Mudou Tudo

           INSTANTE...          Meu amor... tanto tempo perdido Em meu caminhar errante Mas depois que ganhei teu sorriso Quis viver Só me importava esse instante Pouco a pouco se foi de mim A tristeza dos meus dias Luz e música em minha vida Doce embalar em minha alma Só encontrei quando foste meu Que durem os dias, que pare o tempo Preciso viver esse instante. J. Sollo leia também  UM POEMA ME ESCORRE ENTRE OS DEDOS

ELA É COMO O VENTO

Ela é forte como o vento Que destroça, arrasta e é ruidoso Mas sabe ser brisa que toca acaricia e traz prazer Diz o que pensa, deduz o que não pode entender Vontade forte como um tufão é tempestade que breve traz calmaria Mas tem mel nos olhos e pressa no olhar Pressa de viver, sede de aprender Ela só quer crescer Ela tem sede de justiça mas as vezes isso lhe turba a visão Ela é mesmo como o vento em alguns deixa carícias outros destruição Ela é como o vento, ela é como o vento Ela é um furacão Mas no fundo só quer o que todo mundo quer Ela só quer AMOR! para Araceya J. Sollo

IMAGENS

Eu queria passar para o outro lado do espelho E poder lhe acariciar e lhe amar E fazer de dois corpos Um corpo Sempre que o espelho refletisse sua imagem Na minha.. J. Sollo

retratos que componho, são tuas chagas, nossas dores

                                              CARBONO Olhos dos meus olhos, ou quem sabe dos teus Sonhos que foram tão bonitos, já não restam  mais motivos, se sonhar não é mais preciso Voei num sonho tão alto mas esqueci de perguntar Se minhas asas eram firmes, se eu não iria fraquejar... Hoje em minha vida tudo se confunde: passado, presente e um sopro de futuro que nem sei se resistirá Perdi tudo o que tive e o que restou não ouso possuir De todas as ilusões que me fugiram Se foi junto um pouco de mim Meus olhos se enchem de lágrimas mas chorar por qual razão? Se eu fosse chorar toda a dor que me atormenta, meus olhos  se tornariam em oceanos. As pessoas, as coisas, as lembranças; tudo o que me fere Tudo pedaços de mim. Eu que fui um riacho tranquilo, agora tornei-me um poço profundo No qual minha sombra vaga inerte É...

A CANÇÃO DO AMIGO

Mentes se tocam Almas que se completam Nao conhecem nem o tempo nem a razão Amores etéreos nascidos da imensidão São tanto abraços sem existir o tocar Cumplicidade prematura entre eu e você Pegadas dos mesmos passos a se sobrepor E nossas vidas ligadas pelos nos invisíveis do amor Amigos suponho sejam assim... Elfos e fadas que possuem magia no cantar E olhares tão ávidos a espera no cais Pra sufocar a saudade que nao os deixa jamais Então te canto e a canção é assim: Amigo és porto seguro, és abrigo enfim Que descobre nos olhos o que jamais revelei Vê nas entrelinhas a solidão que sempre ocultei. J. Sollo Dedicada aos poetas do Mar de Poesia.

Versos inspirados do poeta Arnoldo

Versos que escaparam na madrugada Versos ao vivo Vivos Indecisos e aflitos Versos que se mancharam Nas esquinas das madrugadas Nas ilusões das palavras Que ficaram afastadas Versos sem vida Sem ondas Sem amigas Sem noites nubladas Versos sem versos Juntos e separados Sempre mutilados Sempre desamparados Arnoldo Guimaraes

ESQUECIMENTO by Gheysa Daniele

         ESQUECIMENTO Jamais esqueci os momentos em que a terra parou para ver nosso amor, tão belo quanto os primeiros raios do sol de outono refletido no espelho d'agua. Nosso amor não precisava ser descrito em um pedaço de papel, já estava escrito na brisa do vento que embalava o sorriso das margaridas, e transpassavam nossos dedos, desalinhavam nossos cabelos. Nada disso importava, nosso amor nos completava. Não sei o que me levou a sonhar, só sei que és meu mestre nesse lago descohecido onde me reconheci em teus braços. Não existe certeza nas formas apenas O improvável caminhado ao nosso lado. Se é o que desejas ouvir.... Faça silêncio, ouvirá o murmurio do vento Novamente e, novamente, irei sofrer por amor... Gheysa http://gheysa1.blogspot.com